quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

o síndrome do pós-natal

É possível que haja uma ressaca de natal?

Aquele frenesim de luzes, prendas, ar condicionado, doces e muito stress para que tudo esteja pronto a tempo e nos conformes. Pode isto estar associado a uma quebra de energia pós-natal? 
É este dia um processo anaeróbico por excelência?

Adormeci com o prenúncio das dores de garganta e cabeça e acordei doente, realmente.
Um amigo meu, igual.

Somos extra-sensíveis aos excessos, ou alguém mais partilha desta inquietação?

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

é natal.

O que ficou deste ano?
O que mudou?
O que aprendemos?
Quem encontramos este ano?
Os projectos.
As ideias.
o voltar para trás? O andar para frente? E o não sair do mesmo sítio…
A impotência momentânea. A capacidade presente.

Com a idade, ligo cada vez menos ao Natal. Para mim o Natal é ver o Sozinho em Casa pela 10000 vez e comer doces (também o faço em qualquer altura do ano!). Não me lembro de mais ou menos coisas nesta época. Contudo até ao Ano Novo faço um balanço do Ano, a ideia que 31 de Dezembro é um fim de algo, e dia 1 de Janeiro o início para algo completamente diferente. Gosto dessa ideia… agrada-me esta separação, um pouco como etiquetas que colocamos para nos organizarmos. Ano 2001. Ano 2004. Ano 2007.

Pessoalmente, acho que os anos estão cada vez maiores, porque existem meses que parecem anos.

Bom Natal*

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

de-s-iludir.

Por vezes exigimos o que ninguém nos é capaz de dar, para nos desiludirmos gratuitamente.
Esta história das expectativas foi tão “bem” construída na mente do ser, que estamos sempre à espera de algo, como uma criança que estende os braços à espera de colo.
Há quem diga que somos incapazes de viver sem expectativas. Creio que precisamos de consistência, como tal esperamos que os outros se mantenham constantes, coerentes, sem dar a oportunidade ao outro de se distrair. Há uma necessidade de cobrança, gerada por uma insegurança, que dá origem a egocentrismos…

No fundo estamos todos a aprender e fazer o melhor que sabemos.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Quando?

Muitas vezes precisamos de pular, de mudar... mas as mudanças custam... estamos tão habituados as nossas vidinhas, que mesmo sonhando as coisas não acontecem...
Porque temos tanto medo do desconhecido? Porque é que só nos sentimos confortáveis naquilo que nos é familiar?

Sim... as vezes precisamos de uma racha! Mas... a questão que levanto é, como identificá-la? Como saber ser necessário dar o pulo?

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

fio de ariadne

Parece que dar o pulo deixa as palavras para atrás.
Dar o pulo, seguro ou não, mais ou menos medo à perna, 
este e aquele cair no goto.
O precisar-se de uma racha, a cisão com 
a caducidade e recuperar o mel de outono. 
Algumas considerações espontâneas eclodem, o sexo dos anjos e dos homens baila
entre fractais, seratonina, olhares e gargalhadas viçosas.

Discordâncias convergentes harmonizam-se em cada tom.
Afinam-se os afectos. Afinal os afectos são inquilinos de um diapasão-coração plural e único.

Todas as nossas cores em paleta viva, sobre a mesa, os doces e os agridoces de cada um.
As cortinas que se abrem com o vento das ideias.
A compreensão autêntica que alenta as confissões, 
os desejos e as utopias.

Ah, como vibram as horas sem tempo que nos unem pelos pulos ensaiados, pelos arriscados e por aqueles que se contactam a termo e se concluem.
 Nenhum pulo é em vão e nenhuma hora o é tão pouco. 
A melhor riqueza que existe é a partilha.

Lembro-me da "Pedra Filosofal" do Antonio Gedeão, apropósito:
Sempre que pulamos, de algum modo o mundo pula connosco.

 "(...)

Eles não sabem, nem sonham,

que o sonho comanda a vida,

que sempre que um homem sonha

o mundo pula e avança

como bola colorida

entre as mãos de uma criança."

*



momentos.

E as conversas continuam a surgir, porque cada um de nós dá espaço ao outro, porque em alguns de nós falta espaço, não ali… mas noutros sítios distantes e próximos do coração.
em cada um de nós falta um pulinho ….a diferentes níveis.
as conversas surgem e demoram horas, e o tempo passa a correr, os pulinhos são muitos
os sorrisos
os abraços
as noites
o chocolate
e o amor incondicional fica*

A racha...

Depois de alguma dissertação sobre o tema... Depois de algumas conversas pelos cantos da cidade... Depois de partilhar... Depois de discutir ideias... chegámos a conclusão de que só assim conseguimos chegar a um pulinho para....

A partilha surgiu de um grupo de amigos, que em conversas sobre a vida, sobre as relações humanas - amizade, amor, paixão - a universalidade, a existencialidade, a partilha, as emoções, o sexo, a compaixão, o egoísmo, a certeza, a incerteza, a flexibilidade... (e tantos outros temas em debate). Deste modo, as abordagens serão muitas... apenas querendo tornar-nos pessoas melhores!

Todos os textos serão publicados pelos elementos que partilham as suas ideias uma após uma... aceitam-se sempre comentários…

Assim sendo... a frase de início não poderia ser a mais apropriada: "O que falta aqui

é uma racha!!!!"

O resto... é convosco…