segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

fio de ariadne

Parece que dar o pulo deixa as palavras para atrás.
Dar o pulo, seguro ou não, mais ou menos medo à perna, 
este e aquele cair no goto.
O precisar-se de uma racha, a cisão com 
a caducidade e recuperar o mel de outono. 
Algumas considerações espontâneas eclodem, o sexo dos anjos e dos homens baila
entre fractais, seratonina, olhares e gargalhadas viçosas.

Discordâncias convergentes harmonizam-se em cada tom.
Afinam-se os afectos. Afinal os afectos são inquilinos de um diapasão-coração plural e único.

Todas as nossas cores em paleta viva, sobre a mesa, os doces e os agridoces de cada um.
As cortinas que se abrem com o vento das ideias.
A compreensão autêntica que alenta as confissões, 
os desejos e as utopias.

Ah, como vibram as horas sem tempo que nos unem pelos pulos ensaiados, pelos arriscados e por aqueles que se contactam a termo e se concluem.
 Nenhum pulo é em vão e nenhuma hora o é tão pouco. 
A melhor riqueza que existe é a partilha.

Lembro-me da "Pedra Filosofal" do Antonio Gedeão, apropósito:
Sempre que pulamos, de algum modo o mundo pula connosco.

 "(...)

Eles não sabem, nem sonham,

que o sonho comanda a vida,

que sempre que um homem sonha

o mundo pula e avança

como bola colorida

entre as mãos de uma criança."

*



1 comentário:

Satori disse...

eu pulo
tu pulas
ele pula
nós pulamos
vós pulais
eles pulam...vamos todos pular, saltar, brincar, se nós o fizermos, certamente partilharemos algo, conversas, brincadeiras, sonhos, cheiros, vivências, alegrias e tristezas também, pois na evolução do ser, a dor é a que mais nos faz crescer.
Sim pularei por um mundo melhor e principalmente Feliz.